Digital publication | Page 33

Além disso, pesquisas apontam que as mulheres ganham, em média, menos que os homens em todas os cargos e áreas. As mulheres que ocupam cargos de CEO ganham em média 32% menos que os homens, isso seria explicado pelo fato da mulher ter sido introduzida mais tarde no mercado de trabalho do que o gênero oposto. Outro fator que pode justificar tal diferença é a questão da maternidade, que desacelera a carreira das mulheres, tendo em vista que se a gravidez ocorre, a mãe fica vários meses afastada. Esse é um dos fatores que fazem os empregadores preferirem contratar homens a mulheres.

É importante notar que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o machismo não é diretamente responsável por essa diferença expressiva, o que seria o caso se empregadores ativamente pagassem as mulheres menos pelas mesmas circunstâncias de trabalho.

As mulheres constituem maioria (60%) em cursos superiores, mas o fator que faz com que a educação aumente a disparidade salarial é a escolha de curso: as mulheres, em média, tendem a preferir cursar cursos como educação, enfermagem, entre outros, em contraposição, os homens são maioria nos cursos

científicos (59%) e de engenharia (70,7%), que dão maior retorno financeiro. Um dos motivos dessa disparidade de escolhas é que as meninas tradicionalmente são educadas para incentivar o instinto materno e o cuidado, enquanto os meninos são educados para ser mais ativos, o que tem consequências no mercado de trabalho.

Isso é notável na questão de brinquedos: meninas tendem a receber mais brinquedos como bonecas, enquanto brinquedos de alquimia, arquitetura etc., são mais recebidos por meninos. Um jeito de combater a disparidade salarial seria parar de educar meninas de modo tradicional e as incentivar desde pequenas a participar do cultura que mais interessa ao mercado de trabalho.

33