Digital publication | Page 17

17

Infelizmente, não temos como mudar a norma culta completamente, já que foi criada com base nos ideais da sociedade machista antiga, a não ser que as palavras que se referem a ambos homens e mulheres sejam alteradas para possuir um gênero neutro, como por exemplo: “alunEs”, em vez do masculino “alunos”; “meninEs”, em vez do masculino “meninos”; “filhEs”, em vez do masculino “filhos”.

Dessa forma, poderíamos resolver a polêmica sobre gêneros masculinos serem predominantes na língua, e acabar com discussões relacionadas a isso. Por mais que essas sugestões sejam relevantes, não há certeza alguma de que mudanças assim ocorrerão, de modo ainda não temos um modo concreto de resolver esses problemas.

Com isso, podemos afirmar que não é culpa dos professores por ensinar formas machistas de palavras, mas sim da sociedade que criou a língua, ou seja, os professores não tem como mudar ou escolher o que é ou não a norma culta, logo não têm responsabilidade ao dizerem algo possivelmente machista durante as aulas.

Com base na história da humanidade, sabe-se que,

por exemplo,

os gregos

tinham uma

ideia de

cidadania que

sugeria o seguinte:

apenas homens,

de sua própria

etnia e adultos

eram

considerados cidadãos, excluindo não só as mulheres, mas negros e crianças também. Essa ideia se espalhou pelo mundo, causando um embaraço. O problema é que considerando apenas os homens como cidadãos, a humanidade acaba sendo constituída apenas por homens, o que exclui as mulheres, assim, as desumanizando.