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Filipe Albuquerque venceu as 24 Horas de Daytona (uma das corridas mais prestigiantes do mundo) no passado dia 30 de janeiro. Sendo a terceira vez que alcança tal feito, esta vitória teve um sabor especial por lhe ter valido a condecoração com o grau de Comendador da Ordem do Mérito por parte do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, coroando dessa forma o ano de maior sucesso do piloto conimbricense.

Albuquerque apresentou-se ao mundo em 2010 na Corrida dos Campeões (ROC), onde enfrentou e venceu Sebastian Vettel e Sébastien Loeb (na altura, campeões do mundo de Fórmula 1 e de Ralis, respetivamente). 

Após a prestigiante conquista, Albuquerque ingressou no campeonato alemão de carros de turismo – o DTM –, uma das mais difíceis e respeitadas competições do mundo do automobilismo.

Em 2013 estreia-se e vence as 24 Horas de Daytona, na categoria GT, ao volante de um Audi R8, tendo sido o piloto em maior destaque da sua equipa ao recuperar de uma volta de atraso e pilotar nas últimas 3 horas da corrida.

Seguiu-se depois o abandono do DTM e a dedicação total às corridas de resistência, participando em 2014 nas 24 Horas de Le Mans (a mais icónica prova do mundo automóvel). Nesse ano estreou-se também no campeonato europeu de resistência, o European Le Mans Series (ELMS), onde a sua equipa terminaria a 4 pontos da vencedora do campeonato.

Em 2016 tornou-se num dos pilotos mais ocupados do mundo, participando em simultâneo no Campeonato Italiano de GT3 e no Campeonato do Mundo de Resistência (WEC), na categoria LMP2. Terminaria o ano como vice-campeão de ambas as competições.

Em 2013 estreia-se e vence as 24 Horas de Daytona, na categoria GT, ao volante de um Audi R8

No ano seguinte conquista o campeonato norte-americano de resistência – WeatherTech SportsCar Championship – juntamente com outro piloto português, João Barbosa, e o brasileiro Christian Fittipaldi. Também em 2017, volta a ficar em 2º lugar no ELMS.

conquista o campeonato norte-americano de resistência – WeatherTech SportsCar Championship – juntamente com outro piloto português, João Barbosa, e o brasileiro Christian Fittipaldi

Nos dois anos seguintes, Albuquerque continuou a participar em simultâneo nos campeonatos de resistência europeu e norte-americano, sem, no entanto, conseguir almejar os ambicionados títulos de campeão. Mas a glória acabaria por sorrir ao piloto português.

Em 2020, conquistaria finalmente o título de campeão da ELMS, com a equipa United Sports. Mas não se ficaria por aí, conquistando também o título de campeão do mundo de resistência, na categoria LMP2, coroando a época com a vitória, na mesma categoria, nas 24 Horas de Le Mans. 

Estas conquistas colocaram Filipe Albuquerque nos píncaros dos pilotos de corridas de resistência, sendo indiscutivelmente um dos melhores do mundo na especialidade. O sucesso de 2020 continuou este ano, com a já mencionada vitória nas 24 Horas de Daytona. 

Aos 35 anos, o piloto português está na melhor forma da sua carreira e já deixou bem claro um dos objetivos para a presente época: vencer as 24 Horas de Le Mans. 

Após anos de crescimento notório, mas insuficientes em conquistas, o talento de Filipe Albuquerque está finalmente a ser recompensado. O futuro, claro, a Deus pertence, mas não deixa de se avizinhar como muito sorridente para o piloto português.

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Por Afonso Santos

Filipe Albuquerque – O Talento Alcança Sempre Sucesso

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