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Pontivírgula
A nova política de imigração americana como uma chave para novos acordos regionais
O novo POTUS, Joe Biden, acredita-se, trará consigo uma estratégia diferente face à migração e cidadania, principalmente face aos imigrantes que predominantemente chegam do sul. O governo democrata, que assumiu na passada quarta-feira funções, irá certamente rever e remover várias políticas aplicadas pela administração antecessora de Trump. Especula-se essa ser também uma das causas para os movimentos migratórios mais recentes, na esperança de encontrar menos rigidez e facilidade na procura de uma nova vida.
Do outro lado, o Presidente da Guatemala já felicitou o Presidente Biden e Kamala Harris pela vitória e espera, nestes termos, encontrar uma nova estratégia, para estreitar e fortalecer os laços bilaterais - rumo a uma mais estável e regulamentada migração. O embaixador hondurenho já tinha, em Dezembro, declarado o desejo de reforçar a protecção aos hondurenhos de origem nos Estados Unidos.
Na página oficial da Casa Branca, já actualizada, é possível ler: President Biden will reform our long-broken and chaotic immigration system. President Biden's strategy is centered on the basic premise that our country is safer, stronger, and more prosperous with a fair and orderly immigration system that welcomes immigrants, keeps families together, and allows people across the country — both newly arrived immigrants and people who have lived here for generations — to more fully contribute to our country".
Esta poderá, possivelmente, abrir uma janela a novos acordos regionais entre os Estados Unidos e chamado triângulo do norte da América Central. O projecto de lei, que prevê modernizar o sistema de imigração, incluí nele a gestão de fundos presidenciais no valor dos 4 mil milhões de dólares, alocados para auxiliar os países no combate à corrupção e violência. Supõe ainda, um caminho para a cidadania. Deste modo, às
pessoas que vivem já no país sem documentação legal, liberalizou-se a solicitação de legal status temporário de modo a obter green cards - cinco anos mais tarde - se cumpridos certos requisitos previamente estabelecidos, tais como trabalhar, pagar de impostos e carecer de precedentes criminais. Desta forma, dispensar-se-iam cenários de deportação a pessoas que chegaram ao país, como crianças já residentes no país (há anos), embora desprovidas de documentos.
Num plano mais secundário, a própria linguagem jurídica sofrerá uma mudança, alterando a palavra "estrangeiro" (alien) para "não-cidadão" (noncitizen).
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Migrantes caminham ao longo de uma auto-estrada em Chiquimula, Guatemala
©Sandra Sebastian/AP